Ética Aristotélica

31/10/2020 00:52

ÉTICA ARISTOTÉLICA: SOBRE A NECESSIDADE DE SERMOS EQUILIBRADOS

 

Conheceremos nas linhas que se seguem um pouco sobre os Critérios Éticos de Aristóteles. Este conteúdo foi escrito a partir do Caderno do Professor Volume II, produzido pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Como veremos, Aristóteles compreende que devemos ser virtuosos e que esta virtude consiste, acima de tudo, na nossa capacidade de sermos pessoas equilibradas, aptos a entender a justa-medida das coisas, ou seja, aquilo que se situa entre a falta e o excesso. Vamos lá então? Bom aprendizado a todos!

 

Como Sócrates, Aristóteles define o homem pela sua alma inteligente e, ao admitir que tudo tem uma finalidade, afirma que a finalidade do homem é a felicidade. Mas que felicidade seria essa? Podemos pensar a partir de um raciocínio bem simples: Qual é a felicidade de uma planta? Luz solar e água, por exemplo. Qual é a felicidade de um animal? Não sentir fome e poder viver em liberdade. E, por fim: Qual é a felicidade do homem? Desenvolver aquilo que tem de diferente em relação a todos os outros seres – a racionalidade. Para Aristóteles, a alma humana tem três partes: a alma vegetativa, com necessidades biológicas como as plantas; a alma sensitiva, com necessidades de sensações e movimento dos animais, e a alma intelectiva, com a necessidade de usar o pensamento. Se a alma tem três partes, então o homem tem de ser feliz nelas três, pois ninguém é feliz pela metade. Daí a importância do conhecimento e do raciocínio, responsáveis por evitar que haja exagero em qualquer uma funções da alma. Em síntese, o critério de Aristóteles é o equilíbrio.
 

Neste quadro, estão as funções das partes da alma:



 

A felicidade completa do homem depende da realização de todas essas funções da alma. Mas, segundo uma ordem de importância, a alma intelectiva, ou seja, a inteligência, deve governar todas as funções. Além disso, como as pessoas vivem juntas, é função da alma treinar as virtudes, que são as boas práticas comuns do dia a dia. A palavra virtude (areté), para Aristóteles, significa “hábito que torna o homem bom”. Seguindo esse raciocínio, temos de treinar as virtudes, ou melhor, disciplinar nossos hábitos, para nos tornarmos bons. Podemos compreender isto como uma espécie de treinamento de virtudes a algumas regras de comportamento, por exemplo, lembrando que pessoas sem treinamento de boas maneiras, ao precisar demonstrá-las, acabam parecendo falsas, engraçadas ou até ridículas. Isso acontece, geralmente, em entrevistas de emprego ou na hora da paquera, quando o nervosismo e a falta de experiência podem criar situações constrangedoras. Do mesmo modo que não se pode fingir ter boas maneiras, não adianta querer parecer bom, pois isso depende do treinamento das virtudes, que acabam se incorporando à alma da pessoa. Para Aristóteles, então, a virtude, ou as práticas da busca da felicidade, têm de ser treinadas sempre para que não cometamos erros e prejudiquemos a nossa felicidade, que depende muito da nossa relação com as outras pessoas.
 

Observe no quadro abaixo os exemplos que demonstram o conceito de justa-medida ou equilíbrio de Aristóteles e reflita:

 

1→ No meu dia a dia eu costumo fazer escolhas virtuosas/equilibradas?
2→ Apropriando-se dos conceitos de Aristóteles posso dizer que sou capaz de cuidar da minha alma vegetativa, sensitiva e intelectiva? Justifique a sua posição.

 

 

 

 

 

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